segunda-feira, 6 de junho de 2016

DIA 11 (05/06/2016) - Cusco-Puno

O trecho - 386 km

Acordamos às 06:00h com o objetivo de sairmos às 07:00h, conforme acertamos com o casal de motociclistas que havíamos conhecido no trajeto próximo a Cusco e que também fora conosco ao passeio a Machu Pichu. Darci e Meire são de Curitiba e haviam saído de casa desde o dia 21/05, viajando numa BMW 660cc sozinhos. Ele tem 69 anos e ela 65 e são muito simpáticos. Eu e Geovan ficamos admirados com a coragem dos dois. Tomamos o café da manhã e acertamos os últimos detalhes.
Tomando o café da manhã com o casal de amigos Darci e Meire
O contratempo
Queríamos sair cedo para evitar a muvuca do trânsito, pois era domingo de eleição para escolha do novo presidente peruano. Vou à frente, pois estava com o GPS. Já na saída de Cusco, na bifurcação que vai para Puno, não vejo mais o casal nem Geovan no retrovisor. Paro a moto e espero alguns minutos. Como estavam demorando, resolvo retornar. De repente lá vem Geovan, mas sem o casal. Ele me diz que a moto deles havia furado o pneu, mas que Darci dissera que prosseguíssemos com a nossa viagem. Não acatamos a sugestão e resolvemos retornar. Meire estava sozinha perto de uma casinha na beira da estrada, pois Darci fora procurar uma borracharia. Deixo Geovan com ela e vou à sua procura para tentar ajudar em alguma coisa. Quando o encontrei, o borracheiro estava tentando tirar o pneu. Eu o ajudo. Ao retirar a câmara de ar, vejo o que eu pressentia. A câmara estava toda cortada e com buracos enormes. Um prego estava enfiado no pneu e no pequeno percurso que fez para chegar ao borracheiro, deve ter piorado as coisas. Ele não tinha outra câmara. O borracheiro disse que consertaria, mas eu não o aconselhei a ir com a câmara naquelas condições. Como estava bem próximo de Cusco, o melhor a fazer seria dormir lá e comprar uma câmara nova no dia seguinte. Ele aparentemente aceitou a sugestão, nos despedimos e eu e Geovan retomamos nossa viagem.
Darci tentando consertar o pneu

Frio congelante e trânsito maluco
Prosseguimos com nossa viagem. No início, algumas curvas, mas logo depois retas longas e a paisagem com cara de altiplano. Batia um vento que aumentava a sensação do frio, pois a pista corria por um descampado com montanhas ao longe. O frio era intenso, mas suportável. Geovan que sofreu um pouco, pois suas luvas eram de couro e não protegia bem do frio. Como eu tinha manoplas aquecidas na moto, resolvo dar as minhas luvas pra ele. Passamos bem próximo de picos nevados e a altitude naquele trecho passava dos 4.000m.
Mais à frente, passamos por Juliaca. Ao entrar na cidade, a rodovia sumiu. Apareceu de repente um transito louco de carros e principalmente de tuk-tuk que funciona como uma espécie de mototaxi. O asfalto acabou e uma feira com um formigueiro de gente apareceu na nossa frente. Parecia cenário de filme de Mad Max. Levamos mais de trinta minutos para sair da cidade. O trânsito caótico e apinhado de tuk-tuk não parecia ter fim. Era buzina pra todo lado e cada um por si, Deus por todos. Uma loucura.

Ilhas flutuantes
Finalmente chegamos a Puno e procuramos por um passeio às ilhas flutuantes de Uros. O rapaz que nos atendeu para o passeio também conseguiu achar um hotel BB (bom e barato) pra nós. Enquanto fomos ao passeio, deixamos algumas coisas nossas no carro dele. Acho que foi aí que perdi a minha câmera Gopro. Amanhã ainda estou na esperança de procurá-lo e tentar reaver minha câmera. Lá está a grande maioria das fotos. Por isso, só vou postar as que consegui fazer com o celular.

 

 
 
 

Amanhã iremos pra La Paz e lá farei a revisão de 10.000 km da minha moto.
Depois eu conto mais. Por enquanto é só.





























Nenhum comentário:

Postar um comentário