sábado, 11 de junho de 2016

DIA 16 (10/06/2016) - Uyuni-Calama

O trecho - 426 km




Como sabíamos que o serviço de imigração da Bolívia na fronteira com o Chile estaria fechado das 12:30h às 14:30h, resolvemos sair mais tarde, por volta das 10:00h. De Uyuni a Ollague, fronteira com o Chile, foram 228 km de um chão duro que mais parecia asfalto. Chegamos a colocar 130 km/h, apesar de poder chegar a mais, dada a boa condição da rodovia. Quase não formava poeira, a não ser em alguns trechos específicos e quando cruzávamos caminhões.
A paisagem era desértica e seca, com montanhas ao longe. Passamos por formações rochosas esquisitas, naturalmente esculpidas pela ação do vento. Aproximando-nos da fronteira, avistamos o vulcão Ollague que, mais perto, exalava um cheiro forte de enxofre.



Vulcão Ollague

 Chegamos à estação de Avaroa, lado boliviano da fronteira, por volta de 13:30h e teríamos que esperar mais uma hora pra sermos atendidos. No serviço de imigração, dentro de um container, um cartaz confirmava a versão do horário de atendimento, com o reforço tradicional de "Não insista". É um local esquisito, que mais parecia com cenários de filmes do velho oeste. Um vento seco e gelado levantava uma poeira que deixava o local cinzento. De longe, avisto a porta do container abrir e fechar pela força do vento. Chego devagarinho e a abro. Solto um leve murmúrio de "olá, tem alguém aí?". Um agente meio taciturno aparece e pergunto se podemos fazer os trâmites. Ele pede nosso passaporte e nos atende rapidamente. Logo depois, chegam dois motociclistas que fazem o caminho inverso do nosso. Um alemão que mora no Chile e um chileno. O alemão é dono de uma agência no Chile que aluga motocicletas para passeios. Diz que já fez em vários países e que gostaria de fazer no Brasil.
Depois dos trâmites pessoais, vamos à aduana que também nos atende rápido. Tivemos sorte em não ter que esperar o horário anunciado.
Em seguida, vamos para a imigração chilena que também é rápida e bastante simpática.


Entrando no Chile

Depois de tudo resolvido, partimos. Nosso objetivo inicial seria dormir em Antofagasta, mas dado o horário e não querendo viajar à noite, resolvemos dormir em Calama. Ao chegarmos, avistamos logo um posto Petrobras e paramos para abastecer. Aproveitamos e lavamos também as motos pra tirar o sal do dia anterior. Como o GPS agora funcionava direitinho, seleciono um hotel e rumamos pra lá.


Dando um trato nas máquinas

Amanhã iremos pra Antofagasta e percorrer mais uns 70 km pra visitar a famosa Mão do Deserto.

Até lá.

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