quarta-feira, 22 de junho de 2016

DIA 27 (21/06/2016) - Pedra Caída - São Luís

O trecho - 803 km


Decidimos acordar cedo para ganhar tempo. Acordamos às 6:00h, mas tivemos que esperar até às 7:00h pra poder fazer o checkout. O café da manhã só começava às 7:30h, mas o rapaz do restaurante nos antecipou um bom desjejum. Resolvemos esticar o máximo que podíamos, aproveitando o sol ameno da manhã. Paramos só para um abastecimento rápido em Porto Franco e Grajaú, já que a parada pra descansar só seria em Presidente Dutra.
Quando passávamos pela reserva indígena guajajara, as mesmas cenas da ida se repetiam: mulheres e crianças esticavam um cordão atravessando a rodovia, na tentativa de conseguir alguns trocados. Resolvemos parar em uma das várias barracas às margens da BR que vendiam artesanatos. Achamos que a melhor forma de ajudar seria comprando algo.

       Comprando artesanato indígena
                   Com as índias 

Seguimos em frente. Chegamos em Presidente Dutra por volta de 12:00h. Pretendíamos lanchar rápido pra tentar chegar mais cedo em casa. Só que, ao fazer uma inspeção rápida pra verificar o tensionamento da corrente, Geovan também percebeu que seu pneu já estava no limite. Aquele que trocamos em Las Lomitas, Argentina. Ainda bem que estávamos alí, pois morei na cidade por 10 anos e conhecia muita gente. Fomos a uma loja de motos que ficava bem próximo, cujo proprietário era um amigo de trilha das antigas e hoje é o  vereador Toinho Veloso. Por sorte, ele tinha o pneu, só que um pouco mais alto, mas que serviu.

  Olhem a situação que já estava o pneu
                    Minas Motos

Depois de um bom papo, a moto novamente calçada, partimos. Já próximo da entrada de Itapecuru, o trânsito começou a se intensificar. Em alguns trechos, equipes faziam a recuperação da maltratada rodovia. Fiquei pensando como uma capital de Estado pode ter uma rodovia tão precária, com um trânsito tão intenso como aquele. É simplesmente inacreditável. Rodei mais de 14.000 km, passando por 5 países, cruzando 8 estados brasileiros e não vi nada pior. Só quando você vê o contraste é que percebe o quão ridículo é a chegada até São Luís. Mais triste ainda é perceber que a duplicação de uns míseros 25 km que se arrasta há mais de 5 anos, vai levar mais outro tanto.
Mas, enfim, está é a minha terra que amo e que finalmente retornamos, após 27 longos dias.

Como toda história tem um epílogo, aguardem que o escreverei.







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