terça-feira, 7 de junho de 2016

DIA 12 (06/06/2016) - Puno - La Paz

O trecho - 263 km


A força do pensamento positivo
Coloquei o relógio para despertar ás 07:00h, pois só a partir daí é que serviriam o desajuno. Acordamos lentamente, principalmente Geovan, pois sentiu muito o frio do dia anterior e o seu corpo pedia cama. Dormiu cedo e nem saiu para jantar na noite anterior.
Assim que terminei o café da manhã, tratei de ir logo atrás de Omar - sim, era este o nome do operador de turismo que nos conseguiu o passeio às ilhas flutuantes de Uros. Antes de sair, porém, Geovan sugere que eu mentalize e visualize a última vez que tinha visto a câmera, bem como ela retornando a mim. Acato a sua sugestão e começo a ter a sensação de que a encontrarei. 
Fui primeiramente ao porto onde pegamos o barco para encontrar Nilda, a guia que nos levou a Uros, pois ela tinha o telefone de Omar. Tentei encontrá-la perguntando a alguns guias que por lá circulavam, mas ninguém a tinha visto e nem tinham seu telefone. Resolvo ir ao hotel procurar a moça que nos indicara Omar. Era a última opção. Lá chegando, a moça não estava. Explico para outra moça que estava na recepção a situação e se poderia me ajudar. Por sorte, ela conhecia Omar e liga para ele. Ele atende e ela pergunta sobre a câmera. Fico tenso a esperar uma resposta positiva. Alguns segundos se passam e finalmente ela gesticula um positivo. Omar havia encontrado a minha câmera. Alívio. Pergunto se ele poderia trazê-la até mim. Ela o indaga e ele confirma que sim. Fico à sua espera. Depois de alguns minutos, Omar chega e me entrega a câmera. Agradeço-o e retorno para o hotel onde Geovan me esperava. Já eram mais de 10:00h quando saímos de Puno.

Rumo a La Paz
Pegamos a estrada. A temperatura fica em torno de 14 graus e a paisagem do altiplano se apresenta ao nosso redor.
Pelo altiplano boliviano
Geovan só esqueceu de tirar o dedo


Na fronteira
A carretera seguia margeando o Lago Titicaca até chegarmos a Desaguadero, fronteira Peru-Bolívia. Estacionamos as motos e fizemos primeiramente os trâmites de saída do Peru. Foi rápido. Trocamos alguns Soles que haviam sobrado em Bolivianos. Quando já estávamos saindo da Peru, um rapaz com uma farda de guarda municipal nos para e diz que devíamos pagar uma taxa de rodagem no município. Achei que fosse alguma enrolada, mas acabamos pagando 10 soles pelas duas motos. Ao adentrar na Bolívia, procuramos a aduana para fazer os trâmites burocráticos. Pegamos uma fila, mas não demora muito. Uma velha senhora aproveita para pedir esmolas e damos alguns trocados. Em seguida, nos dirigimos para os trâmites das motos. Não havia ninguém no guichê e perguntamos a um senhor que estava na fila. Tentamos enrolar o portunhol, mas logo ele diz que fala português. Era casado com uma brasileira e se formou em arquitetura no Rio de Janeiro. Aproveitamos para pedir algumas dicas. Osvaldo era o seu nome. Muito simpático. O atendente do guichê finalmente chega e concluímos os trâmites das motos.

Entrando na Bolívia
Olhem nossa cara na fila da aduana
 
Chegando a La Paz

Após os trâmites, seguimos viagem. Acho que perdemos umas 02h nessas burocracias. Antes de La Paz, passamos pela entrada de Tiwanacu, uma cidade com sítios arqueológicos, mas não quisemos entrar, já que esse tipo de turismo já havíamos feito em Machu Pichu. Na entrada, havia uns monolitos pendurados e aproveitamos para tirar fotos.
Entrada de Tiwanacu

Entrada de Tiwanacu

Prosseguimos viagem e mais alguns quilômetros chegamos a La Paz. A cidade fica praticamente em um buraco, rodeado de montanhas. Ao fundo, uma com pico nevado.
Vista de La Paz
Ainda na Aduana, programo o GPS para chegar na concessionária BMW, onde faria a revisão da moto. O trânsito é intenso e nos deparamos com algumas manifestações, o que nos atrasa. O GPS, entretanto, não ajuda e tivemos que pedir algumas informações para alguns transeuntes. Depois de algumas idas e vindas, finalmente chegamos à BMW. O Marcelo que havia mantido contato comigo antes, não estava e fomos recepcionados pelo Carlos. Logo depois, Marcelo apareceu e nos apresentamos. Deixamos as motos na concessionária e pegamos um taxi até o hotel. Devemos pegá-la amanhã por volta de 13:00h e iremos visitar a famosa Estrada da Morte, que fica no caminho para Coroico. Bem, mas isso é história para amanhã.

Até lá.


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